segunda-feira, julho 26, 2004

Se calhar.

Se calhar não era nada disto. Mesmo nada. Custa-me é a crer que me tenha enganado tanto. Será?
Sento-me e pouso a mão na testa. Odeio enganar-me. É sintomático de mim, de quem sou. Eu não me engano, não posso...Tinha feito bem os cálculos. Ou não...? Rever todo o processo. Rever os ficheiros, as fotografias. Rever os diálogos, rever os dias e momentos. Há qualquer coisa que não está aqui. Onde foi? Será que a deixei nalgum sitio?
Paradeiro desconhecido.  Dá-se recompensa.
Se encontrasse essa coisa. Se ela voltasse para mim. Será que alguma vez cá esteve? Dúvida.
Grave.
Será que não estava a não dei por isso? Não pode ser. Negação.
Grave. Gravissimo.
Eu vi-a. Estava ali.
Então não posso ter-me enganado.
Quando me passar a fase de negação eu volto.
Ate já.


Comments:
Como se não fossemos todos, mesmo que em negação, uma antítese.
 
como se nao fossemos todos luz e sombra, peiras e particulas. Nadas e tudos em mundos que se cruzam. E metáforas velhas, gastas e esquecidas.
 
Eu lembro-me de uma... mas ainda não a entendi plenamente. "Se calhar" seja assim que me mantenho vivo.
 
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